sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A Cidade venceu!

O Mapa Cultural premiou ontem os vencedores da fase municipal. As categorias foram: Canto Coral, Dança, Literatura, Vídeo, Artes Plásticas e Teatro.
O prêmio de melhor atriz foi para Thati Corrêa, do Grupo Redescobrir, com o espetáculo "Joana D'arc" .
Valmir Honório, levou o troféu de melhor ator com "Amor por Anexins".
"Entre Estranhos" da Cia. do Torto, ficou com o primeiro lugar na categoria, melhor espetáculo. E a "A Hora da estrela" do Movimento Teatral Ésquilo, com o segundo lugar.
Os classificados representarão a cidade de Guarujá, na fase regional.
Parabéns a todos, por elevarem a cultura da cidade. A Cia. do Torto agradece o prêmio, que representa o reconhecimento do trabalho apresentado e se prepara para a próxima etapa.
E, Vamos ao teatro!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Entre Estranhos

O espetáculo "Entre Estranhos" conseguiu "prender" a platéia. Digo isso, por conta das afirmações soltas que eu pude ouvir vindas da platéia. A cena de nu que abre a encenação é segundo o jurado Ubiratan Foina, a primeira em Guarujá depois de vinte anos. O tango dançado ao som de Ana Carolina no final, foi elogiado pelos jurados, um deles Marco França disse: "O tango foi lindo! Eu queria dançar um terço do que vocês dançaram". Mas também criticado. Segundo eles, embora tenha sido bárbaro, não "cabe" no contexto do espetáculo. Eu vejo como uma proposta ousada e sedutora. Sedutora porque realmente seduziu o público. E um grande desafio para os atores que tiveram que despir além das roupas, a vaidade e o pudor. Elogios aceitos e críticas bem vindas, só resta aguardar a premiação que acontecerá no dia 30, em cerimônia fechada para os grupos. Que vença o melhor, lembrando que o importante em um festival não é a competição, e sim a troca de experiências. (E acho que eu já disse isso!)

FICHA TÉCNICA:
Textos: Alex Moreira Carvalho
Elenco: Dina Alves, Luciano Costta, Patrícia Galvão.
Direção: Alcebíades de Nietzsky
Coreografia: Luís Bonelli

Contos extraídos do livro "Entre Estranhos". O espetáculo
mostra a realidade por todos maquiada diariamente. As manias e esquisitices que somente são mostradas quando pensamos que não há ninguém olhando. Somos todos estranhos e tão essencialmente iguais ao mesmo tempo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Mapa cultural

No próximo domingo, 26 de agosto, a Cia do Torto da qual eu faço parte, irá apresentar o espetáculo "Entre Estranhos" às 20h no Teatro Procópio Ferreira. Os Textos são de Alex Moreira Carvalho e a direção de Alcebíades de Nietzsky. E eu consegui "arrancar" um depoimento do Alcebíades sobre a história e a concepção da peça, eis:

"O espetáculo surgiu pela disponibilidade fulminante e vontade ávida de pensar o humano: o principal motivo da montagem refere-se a uma possibilidade de reflexão sobre a situação do Homem contemporâneo, a partir da apresentação de situações cotidianas pelas quais o sujeito (ou a tentativa de cada individuo vir a se constituir como tal) se insere e se inscreve no mundo.

No mais o meu contato com os textos se deu por um acaso, que eu costumo dizer que foi um acaso cheio de casos... São tantas histórias!
Encontrei o livro numa livraria sebo, quando procurava algum didático, peguei-o e algo me disse pra levar. Levei, comecei a lê-lo e era como se às personagens gritassem em meus ouvidos: "Eu quero sair daqui", " eu quero me mostrar" " você é capaz de me ver sem me julgar", "deixa-me mostrar a mim mesmo como eu sou" " você me compreende?" "tenho solidão"...

Enfim, foi mais ou menos assim – uma loucura! Porém a montagem só veio a se concretizar depois que me veio uma frase de Freud, que dizia mais ou menos assim: "Aquilo que é estranho, é estranho não por que é desconhecido, mas por que nos é familiar". No entre estranhos há essa estranha familiaridade com o cotidiano, atual ...

Outra frase, dessa vez do Nietzsche, veio confirmar o que eu já desconfiava: que "de repente a vida é mesmo um grande teatro de gente" , a frase era a seguinte: " A cortina cai e o homem se reencontra, como uma criança brincando com mundos, como uma criança que acorda ao alvorecer e, rindo, esfrega a testa removendo dela os sonhos terríveis".

Pois, bem, entrei em contato com Alex, autor do livro, falei-lhe do meu desejo de montar uma peça teatral com seus textos, ele ficou surpreso, pois não conseguia ver "aquilo" no teatro, embora eu tenha sido a segunda pessoa que falara a ele sobre a possibilidade de "aquilo" virar peça teatral. Trocamos e-mails e mais e-mails, marcamos de nos ver "ao vivo" e compartilhar as idéias da montagem, no início do ano,2006, deu-se nosso encontro, daí surgiu o espetáculo "entre estranhos". Nossas idéias eram tão próximas...acho que foi por essa afinidade criativa que o Alex não hesitou em confiar-me a total liberdade na montagem – pela qual agradeço imensamente!

A escolha do elenco foi sobre tudo pela disponibilidade e vontade dos atores, meus amigos, do qual sou grato a amizade e o talento...confesso que essa "nova" montagem, com 03 (era a minha idéia inicial, já que essa é a segunda montagem) está mais completa, não é só por que admiro os atores que estão nela, mas penso que amadurecemos mais...

A Atriz Dina Alves, tem uma atuação simples e sofisticada – emociona, gosto disso!

O Luciano Costta com seus gestos largos vastos profundos, é um perfeito ator teatral...Com manias e vícios, mas um ótimo ator que admiro muito!

A Patrícia Galvão tem uma atuação delicada, regrada, não ousada, mas voraz, é uma perfeita atriz de cinema!

Bom por aí deu pra perceber que sou fã dos três, se não deu, assumo: sou sim! E é muito bom trabalhar com eles...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Festivais...

A Baixada entrou na "era dos festivais", (que por sinal eu adoro).
FESTA (Festival Santista de Teatro amador) e Mapa Cultural onde
concorrem várias modalidades como canto coral, poesia, dança, teatro e outros.
O legal dos festivais não é participar esperando trazer troféus pra casa. Claro, que torcemos, mas esse não é o objetivo central. Num festival Tem que aproveitar e interagir com todo mundo trocar experiências e quem sabe fazer parcerias. Tanto no FESTA quanto no Mapa Cultural, participam pessoas de vários lugares porque festivais são também ótimas vitrines. O Mapa tem uma seletiva dividida em municipal, regional e a final, o estadual em São Paulo ano que vem. Prestigiem os eventos tem muita coisa boa que vale a pena conferir!
E, vamos ao teatro!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Mais do Mesmo

Não tinha como não postar outra música. Participei de um Encontro de Corais e relembrei essa que já se tornou um clássico.
ANDANÇAS.

Vim, tanta areia andei
Da lua cheia eu sei
Uma saudade imensa...
Vagando em verso eu vim
Vestido de cetim
Na mão direita, rosas
Vou levar...
Olha a lua mansa...(me leva amor)
Se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar..(amor)
Meu olhar em festa...(me leva amor)
Se fez feliz
Lembrando a seresta
Que um dia eu fiz(por onde for quero ser seu par)
Já me fiz a guerra...(me leva amor)
Por não saber
Que esta terra encerra
Meu bem-querer...(amor)
E jamais termina
Meu caminhar ...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar(por onde for quero ser seu par)
Rodei de roda, andei
Dança da moda, eu sei
Cansei de ser sozinho...
Verso encantado, usei
Meu namorado é rei
Nas lendas do caminho
Onde andei..
No passo da estrada...(me leva amor)
Só faço andar
Tenho a minha amada
A me acompanhar..(amor)
Vim de longe léguas
Cantando eu vim...(me leva amor)
Vou não faço tréguas
Sou mesmo assim(por onde for quero ser seu par)
Já me fiz a guerra...(me leva amor)
Por não saber
Que esta terra encerra...(amor)
Meu bem-querer
E jamais termina
Meu caminhar...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar(por onde for quero ser par)

Enfim, resume tantas histórias.
Pessoas que deixaram suas terras para tentar melhorar de vida em cidades grandes.
Que passaram por muitas e ainda assim não desanimaram "Só faço andar" e sempre para frente.
Música é também isso, uma forma melodiosa de traduzir a vida...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Sonhos de um palhaço

Vejam só
Que história boba eu tenho pra contar
Quem é que vai querer me acreditar
Eu sou palhaço sem querer...
Vejam só
Que coisa incrível o meu coração
Todo pintado e nesta solidão
Espero a hora de sonhar
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço é natural...
Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei, entreguei amor e sonhos sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver...
Vejam só e há quem diga que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos, todos representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço é natural...
Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei amor e sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver...
Vejam só
E há quem diga que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...

Não sei porque, mas essa música tem muito significado para mim.
Talvez, por contar a história de um artista. E não precisa estar envolvido com
arte para ser um. Somos todos artistas, fazendo arte e malabarismo para viver dignamente e ainda sim, a vida não é magnífica?
E viva as diferenças!!!!